Tem dias que bate saudade…
Não posso dizer que fui pega de surpresa. Eu sabia que morar em outro país intensificaria as amizades verdadeiras (e acabaria de vez com as que só existiram na minha cabeça). Mas é incrível como aqui as que são reais só crescem. Ganham outra proporção. E tem dias que bate saudade…das que ficaram no Brasil e das ganharam intensidade aqui e que, por algum motivo, estão longe.
É o caso da duplinha Vivi e Sophia, nossas companheiras de almoços, passeios, compras, jantares e muitas risadas aqui em Orlando. Elas viajaram ontem. Ficarão 40 dias longe da gente. As meninas já estão sentindo muita falta e eu também.
Talvez essa angústia seja culpa minha, já que sempre fui do tipo que transforma amigos em pessoas da família e isso, muitas vezes, é um problema. Trago pra dentro de casa e do peito. Me apegar, portanto, não é novidade. Mas o fato é que quando se está tão longe do seu mundo, quando se vive uma vida tão diferente, distante da sua família de fato, você simplesmente passa a dar mais valor a pequenos gestos e gostar de quem cuida de você passa a não ser mais opção.
No fim de semana parece que alguns amigos sentiram que eu estava precisando deles, tanto que vários me ligaram do Facetime e Skype. Foi bom pra me sentir mais perto, mas não foi a mesma coisa do que ESTAR perto de fato. Morar no exterior era um sonho e eu sabia o que “viria no pacote”. Nem tudo são flores. E eu não tenho a menor dúvida de que os espinhos maiores são as saudades dos que eu amo.
Se um dia vou me acostumar a tantas despedidas e a tanta distância eu não sei…o que eu sei é que tem dias que bate saudade! Voltem logo, Vivi e Sophia!