Jogos olímpicos e medo
Não vou participar da cobertura dos Jogos Olímpicos esse ano. Minha vida esta toda aqui nos Estados Unidos e não consigo ficar 1 mês quase fora de casa. Mesmo assim a aproximação so inicio dos jogos (5 de agosto) me angustia, me da frio na barriga. E não não estou falando de emoção. Mas de medo. Olimpíadas e medo, senhoras e senhores.
Quem diria. As vésperas de um evento tão maravilhoso, tão incrivel, sonho de qualquer jornalista que vai trabalhar, de qualquer atleta que vai competir, de qualquer torcedor que vai assistir, eu não consigo sentir outra coisa que não medo. Especialmente depois do atentado terrorista em Nice, na França, que alarmou as autoridades brasileiras para o risco de episódios violentos no Brasil.
Jogos Olímpicos: risco!
Claro que os governantes dizem que não ha perigo (embora tenham anunciado a revisão de todo o plano de segurança), mas especialistas ouvidos por diversos órgãos de imprensa consideram elevado o risco de o país sofrer ataques como os que vitimaram centenas de pessoas nos últimos meses na França. Eles identificam ainda erros pontuais nas ações do governo para prevenir que o país seja alvo de possíveis ameaças.
“Não estamos preparados (para conter atos terroristas)”, alertou o doutor em segurança internacional e professor na University of Central Florida, nos Estados Unidos, Marcos Degaut. “O risco é elevado. Não se trata de falso alarmismo ou de querer criar nenhum tipo de paranóia, mas todas as variáveis com que se pode trabalhar indicam para a realização de um atentado no Brasil”.
À Globonews, o presidente interino Michel Temer afirmou que o país está preparado. “Nós resolvemos fazer uma reunião, tendo em vista os acontecimentos da França, ou seja, a segurança será muito maior”, disse.
Pode ser que eles estejam certos. Ou estejam apenas colocando panos quentes numa situação seríssima. De qualquer maneira, sinto pelos brasileiros em geral, pelos turistas, pelas delegações, pelo nosso pais como um todo. Não estou preocupada com imagem nenhuma. Estou preocupada com pessoas, vidas, seres humanos que tem familia e precisam voltar com vida para suas casas.
Mesmo de longe espero acompanhar noticias de medalhas, recordes, zebras. Espero conhecer novos ídolos, glorificar os ja conhecidos. E não ter que explicar pra minhas filhas, mais uma vez, que o mundo anda muito estranho…
Que pena…o que era pra ser só alegria virou medo…
Comprei os ingressos para levar meus filhos na semifinal final de futebol e estou morrendo de medo.
Que tristeza…me parte o coração ler uma mensagem como essa…mas eu tb estou na torcida pra que nada pior aconteça…Bjo
Sou do interior do Estado do Rio de Janeiro, além disso tudo q vc enumerou no seu post, ainda tem o lado econômico do Rio, que vem parcelando salário de servidores públicos, nisso estão médicos, enfermeiros, policiais, bombeiros com insegurança se vão receber ou não depois dos eventos olímpicos, e mais, não acredito que o estado tenha estrutura para algum tipo de atendimento médico a atletas e turistas. Eu não confio em nada, e acho (como já achava antes do Rio ser escolhida) que o Brasil não tem como sediar um evento assim…e mais uma vez somos nós que ficaremos com as contas, e espero que sejam “só” as contas e não marcas de tragédias piores. Deus nos proteja!