Me lembro como se tivesse acontecido ontem. Tínhamos acabado de almoçar e eu ajudava minha mãe secando a louça que ela lavava. Não devia ter mais de 7, 8 anos. “Mãe, o que é motel?”, perguntei. A pergunta apimentada não era muito novidade, minha mãe estava acostumada com meus questionamentos. Mas me lembro de ver a coitada suando, sem saber como responder. E morro de rir dessa cena.
O que é motel?
Me lembro da resposta, mas não vem ao caso. O que eu quero com esse post é dizer que hoje, mais uma vez, me senti repetindo com minhas filhas o que eu fazia com minha mãe. Tomamos o café da manhã e eu instituí: agora todos os dias vocês vão me ajudar tirando a mesa e guardando as coisas! E elas amaram. Se sentiram super úteis. E nós ganhamos um tempo só nosso para bater papo!
Engraçado, mas parece que eu tive um “dejavu” ao ver minhas filhas tirando a mesa enquanto eu organizava as coisas na pia. Foi como se me visse nelas e eu estivesse no papel da minha mãe. Fiquei imaginando minha mãe olhando pra mim pequenininha e, assim como faço com minhas filhas, imaginando como eu seria no futuro.
Nesses momentos eu me coloco no lugar da minha mãe, como sempre me disseram que aconteceria quando tivesse filhos. Entendo tudo que ela fez pra me educar. Cada bronca, cada ensinamento. Entendo quando pedia para comer de boca fechada, para cumprimentar as pessoas, para arrumar o quarto. Entendo que era tudo para o meu bem! E que tudo me preparou para o que sou hoje!!
Claro, não sou perfeita. Mas sou o melhor que posso e devo tudo a ela: minha mãe. Ah! Sei que muita gente está querendo saber o que ela respondeu quando eu perguntei “o que é motel?”, certo? “Motel é um hotel para namorados!”. Não é que ela se saiu bem?
P.S.: quer a receita de um bolo de banana da minha mãe? Olha aqui que delícia!!