Acabei de saber que um hospital especializado no tratamento de câncer de mama, em São Paulo, fez uma pesquisa e descobriu que quatro em cada dez pacientes tiveram a doença antes dos 50 anos (sendo que o próprio Ministério da Saúde recomenda fazer a mamografia a partir dos 50 anos!!). Pois bem. Tenho menos de 50 (41 anos, pra ser mais precisa), minha bisavó (agora não sei qual delas) morreu de câncer de mama. Meu último exame foi ano passado e, por tudo isso, chegou a hora de fazer a mamografia: exame que salva.
Mamografia nos EUA
Fui na ginecologista outro dia, peguei o pedido de exame e marquei. Nos próximos dias vou fazer não só a mamografia mas também um ultrassom de mama (que ela pediu porque não tenho comigo nenhum exame anterior e ela quer se certificar de que está tudo super ok). Estou tranquila, sem nóia, sem negra. Primeiro porque faço auto-exame sempre durante o banho. E depois porque não tenho medo nenhum da máquina que aperta a gente. É tão rápido que não dá nem tempo de sentir dor, na minha opinião. É mais um desconforto, uma posição esquisita…mas dor mesmo confesso que nunca senti durante a mamografia.
Dor é outra coisa
Na verdade acho que dor é descobrir que você tem um câncer em estágio avançado que não tem mais como curar sendo que um simples exame poderia ter ter te alertado. Dor é pensar que começar o tratamento no início da doença aumenta muito a chance de cura (96% das mulheres que descobrem o câncer na fase mais precoce conseguem vencer essa batalha). Dor é saber que não há nada a ser feito.
Ir no hospital e ficar alguns minutos com a cara pra um lado e o peito pro outro, um aperto aqui e um ali. Pra mim, sinceramente, não é dor. Porque quando exame acabar eu vou seguir buscar minhas filhas na escola. Vou esperar meu marido chegar do trabalho e nós vamos jantar bem gostoso.