Mãe só para quando fica doente!!
Pega avião, viaja 9 horas, trabalha, pega outro avião, mais 9 horas, volta. Chega pra cuidar da casa, do marido, das crianças, dos cachorros. Nem bem mata a saudade ou descansa e já tem reuniões de manhã, de tarde e, às vezes, a noite. Almoço de negócios. Entrevistas. Apresenta projetos, analisa propostas. Tem que estar linda pro evento de fim de ano da escola das crianças, tem que malhar para ficar em forma para o carnaval. Tem que comer saudável, tem que beber um vinho pra relaxar. É…mas, de vez em quando, tem que parar também. Pra fazer nada, simplesmente pra des-can-sar. Mas quem disse que nós, mães, conseguimos essa proeza? Mãe só pára quando fica doente!
E eu fiquei!
O problema é que se a gente não para, a vida para a gente. Aconteceu comigo ontem. Vinha de uma pegada louca. Fui ao Brasil a trabalho, fiquei dois dias e voltei. Ralei duas semanas (dando conta do trabalho e de todo o resto que nós, mulheres modernas, estamos acostumadas) e fui ao Brasil de novo, para outro evento. Mais “chá de aeroporto”, mais 9 horas dentro do avião, mais trânsito, mais stress. Mais trabalho. Dois dias depois, ainda meio atordoada, outra dose de tudo isso. E outra semana de loucura na sequência. Resultado: uma gripe forte, como não tinha há anos e, pra piorar, ontem minha voz (meu principal instrumento de trabalho) sumiu de vez. Um febrão e uma moleza tomaram conta de mim. Fui pra cama as sete da noite, derrubada.
E a culpa de não estar com as crianças no jantar, de não dar banho, de não ajudar na lição? E a culpa por não tomar com o marido o vinho que ele trouxa para brindar à sexta-feira? E a culpa por não estar bem? “Poxa, fui ficar doente bem na sexta?”, pensei ontem. Mas, vem cá, onde é que a gente “agenda doença”, hein? Ou, melhor. Quando é que a gente aprende que ela simplesmente aparece quando estamos precisando parar?
Melhorei! Ufa!
No meu caso levantei da cama hoje bem melhor. A voz ainda está péssima, a cabeça e o corpo doem um pouco. Mas não tenho mais a sensação de que não vou aguentar abrir os olhos, como ontem. Repouso e uma boa noite de cama fazem mesmo milagres. Quando levantei, as sete horas da manhã (12h de descanso, portanto), olhei em volta e vi uma coisa engraçada: tudo está igual. A casa, as crianças, o marido. Ninguém morreu porque eu fiquei doente. Pelo contrário. Deram ainda mais valor a minha presença, a minha ajuda. Ficaram querendo me mimar, cuidar de mim. Uma delícia!
Enquanto tomo um café da manhã reforçado, decido que preciso aprender a ouvir melhor os sinais do meu corpo. Que preciso aprender a descansar mais, cuidar melhor de mim. Preciso aprender a parar. Porque nós, mães, podemos sim fazer tudo isso antes de ficar doentes.
Obrigada, querida! Já estou bem melhor sim! Mas confesso que ser cuidada no fim de semana foi bem gostoso!! Bjo
Tem toda razão, querida! É bom ser cuidada tb! Com relação a voz, obrigada pelo toque (preciso parar de ser preguiçosa e fazer meus exercícios) e sim, ela está voltando aos poucos!! Ainda bem! Bjos
Affe!!! Sim, trabalhamos muito e sim, ficamos doentes!!! Mas a verdade é que a vida segue e temos que nos cuidar, mesmo que seja um pouquinho….. O mais fofo?? Ser cuidada pelas “doutoras filhotas” e ter o dengo do marido né! Não tem preço!!! Melhoras e espero que já esteja bem!!! Um beijo
Acho que se permitir ficar doente de deixar todo mundo cuidar de você acaba sendo um ensinamento valioso
De fato, assim aprendemos a valorizar ainda mais as mães entendendo que elas são humanas e ainda não entendendo como, sendo humanas, conseguem ser tão tão… maravimães!
Tomara que esteja melhor, se cuidando, sendo cuidada e que sua voz esteja ok. (Não deixe de aquecer e desaquecer a voz! Conselho de fonoaudióloga! =D)
Grande beijo
Nem me fala! O bom é que estou melhorando…ufa! Bjo
Mãe doente é desesperador – para todo mundo!
Espero que melhores logo e aproveite o dengo com as pequenas. Beijos