Assim como todas as mães do mundo eu também fui e sou julgada, como conto sempre aqui. Primeiro porque demorei pra engravidar da Nina, depois porque engravidei rápido demais da Maitê. Em seguida me julgaram porque voltei a trabalhar rápido demais e porque tinha uma rotina estressante. Quando decidi reduzir a velocidade e dar um “cavalo de pau” na minha vida, voltei pro banco dos réus. Sim, agora o julgamento é porque decidi trabalhar menos e ficar mais com as minhas pequenas. Por tudo isso decidi participar da campanha julgue menos, apóie mais da Revista Crescer!
Que sociedade é essa que coloca a gente como ré por decisões meramente pessoais? Que mães são essas que nos apontam o dedo em vez de nos oferecer colo? Ser mãe é mais difícil do que parece e, por isso mesmo, outras mães poderiam ser mais complacentes com a gente. Elas também sabem as dores e as delícias de colocar uma criança no mundo, afinal!!!
Escolhas na família
Mais do que isso, assim como eu e você outras mães sabem que criar uma criança significa fazer escolhas diariamente. Seja da religião que vai seguir, o tipo de alimentação que vai oferecer, a escola onde a criança vai estudar. Não existe certo e errado nesse caso. São escolhas e não fórmulas prontas, receitas de bolo. As vezes a gente acerta. Outras vezes não. E ter um corpo de jurados apontando nossos erros e torcendo para a nossa queda só torna tudo mais difícil.
Que bom seria se cada uma aceitasse a maneira como a outra decidiu encarar a gravidez, o parto, a amamentação, a criação. Que bom seria se a gente se abraçasse, se unisse. Se uma ajudasse mais a outra, aceitasse mais, julgasse menos.