Moro nos Estados Unidos há quatro anos. Em 2016 passei pelo furacão Matthew. Em 2017 pelo Irma. Em 2018 pelo Florence. E esse ano estamos aqui esperando o Dorian chegar. Estranho falar assim mas é exatamente isso que a gente faz enquanto o furacão não chega. Além claro de comprar água, vela, pilha, comida…e de rezar!
Furacão: sempre dá medo!
Todos os anos foi a mesma coisa. A gente não deu muita bola pros alertas até ver os estoques no supermercado desaparecerem. Até ver os postos sem gasolina. Até não encontrar água para comprar e nem hotel para nos abrigar. Daí a Disney anunciou que ía fechar os parques. O aeroporto cancelou voos. E aí todo tranquilidade foi embora, como num passe de mágica.
Mas, cá entre nós, é impossível manter a calma diante de ventos que estão se aproximando rápido e que passam dos 120 km/h. Principalmente porque as autoridades recomendam que a gente, além de proteger a casa e de encher a dispensa, veja as notícias para saber caso haja uma ordem de evacuação. Mas confesso que, mesmo sendo jornalista, eu fico em pânico ao ver a cobertura nos telejornais.
Enfim, depois de quatro anos estou mais preparada. Segui tudo que se recomenda fazer nessas situações. Mas continuo com medo. Não tem como negar. Basta dar um google pra ver o estrago que esse tipo de coisa pode causar. E isso é o que eu mais tenho feito para decidir se fico em casa, se vou para um hotel, se saio de Orlando. Se enlouqueço!
Enfim, o fato é que, por enquanto, não decidi nada. Mas estou acompanhando cada passo do Dorian para chegar a alguma conclusão. Enquanto isso tento acalmar as crianças (que além de não terem aula segunda por ser feriado tiveram aulas suspensas na terça por causa do furacão). Tento me acalmar. E rezo.