Filhos e tecnologia: desafio da família moderna
Os filhos de hoje são diferentes dos filhos de outras gerações por um único motivo: tecnologia. Ponto final. O resto é tudo igual. Fazem bagunça, não querem comer legumes e brigam com o irmão. Mas nenhuma outra geração teve tanto acesso a tecnologia como essa. E criar filho nesse momento, por isso, é mais complicado do que já foi em outras épocas. Duvida?
Filhos e tecnologia
Vamos lá. Uma amiga me contou que foi almoçar com o marido e um casal muito querido. O restaurante não tinha nada que mantivesse as crianças entretidas (convenhamos que providenciar uma caixa de giz de cera e uns papéis brancos não mata ninguém!) e ela cedeu aos pedidos dos pequenos com relação ao celular. Que mal teria, certo? Errado.
Enquanto os adultos conversavam as crianças supostamente assistiam a Peppa Pig no Youtube (a própria mãe se encarregou de colocar o link do desenho para evitar que os filhos assistissem coisas inapropriadas). Até aí perfeito. O único problema é que uma das crianças, de seis anos, descobriu um app muito interessante no celular da mãe: o Snapchat. E o que aconteceu a partir daí poderia acabar na demissão do pai.
O filho gravou vários vídeos testando os filtros do snapchat o que, realmente, é muito engraçado para criança (e eu ainda não entendi, mas pra alguns adultos também). O problema é que como ele não falou nada durante as gravações, o áudio captado foi o da conversa dos adultos e nela, o pai desabafava sobre o chefe.
Nada muito grave, mas eram coisas que o chefe poderia não gostar de ouvir, daria margem a discussões acaloradas e satisfações poderiam ser tiradas. Ou seja, o pai teria que dar muita explicação e, na pior das hipóteses, poderia perder o emprego. Já pensou?
As lições que ficam desse caso são muitas, na minha opinião. Mas 2 são básicas:
Primeira: criança não tem nada que usar telefone;
Segunda: se abrirem uma exceção e liberaram o aparelho os pais tem que vigiar filhos 100% do tempo! Caso contrário correm riscos que vão além de ter a memória esgotada por causa de fotos de pés e dos rostos dos pequenos.
Não perca nossa receita de panqueca.
Tem tempo pra tudo, né? E é tão bom ser criança que a gente devia incentivar mais as crianças a aproveitar esse tempo! Bjs
Pat, concordo 100% que “criança não tem nada que usar telefone”!
Semana passada eu estava pensando sobre isso. Fui fui para um encontro de família onde observei algumas crianças (entre 2 e 4 anos) cada uma com seu celular. Me chamou atenção o fato delas não brincarem, não interagirem, ficavam só olhando, meio que hipnotizadas, para o celular. E os pais, estavam ali tranquilos, porque elas estavam quietinhas, sem solicitar atenção, sem reclamar, sem pedir para ir embora.
Sei que não é fácil resistir aos pedidos, que é mais “cômodo” para os pais, mas se formos pesar os prós e os contras, com certeza os contras venceriam.
Criança tem que ser criança, agir como criança e brincar com coisas de criança. Cabe ao adulto proporcionar isso para elas, por mais “trabalho” que isso possa dar. Quem resolve ter um filho, deveria saber que, dar atenção, abrir mão de programas de adulto, correr atrás das crianças, faz parte do pacote. A vida realmente muda depois de um filho (pra melhor!!!) e nós adultos temos que nos adaptar a eles e não inseri-los a qualquer preço no mundo adulto.
Acredito que tem tempo e hora pra tudo e quanto mais postergarmos o uso do telefone melhor!