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Feliz com menos: tendência do momento

Não sei se é efeito da crise, se é porque está difícil mesmo ganhar dinheiro. Ou talvez porque tenhamos nos cansado do modelo que os nossos pais criaram. O que eu sei é que carreiras sólidas, casa própria e dinheiro no banco não são mais receitas de felicidade. Cada vez mais vejo gente feliz com menos. Parece que essa é tendência da galera que passou dos 40 (como eu!). Principalmente entre os que são pais e mães.

Ser feliz é mais simples do que parece

A maioria dos meus amigos percebeu que ter uma carreira bacana e ficar 15h no escritório não é tão glamuroso quanto um piquenique com os filhos no parque. Outros repararam que não adianta ter dinheiro para comprar um carrão sendo que não conseguem passar dos 40 km/h com ele por causa do trânsito, do radar, do semáforo que vive quebrado. Sendo que o filho não pode abrir o vidro por medo de assalto. Teve gente que se tocou que não dá pra ser feliz só nos finais de semana, feriados e nas férias e reclamar o resto do ano do chefe, do trânsito, da criminalidade.

São pessoas que perceberam que a felicidade pode estar num sorvete de chocolate da esquina. No cochilo depois do almoço. Na viagem quando surgir oportunidade. Gente que não se incomoda de morar numa casa mais simples, ter um carro ok, ter uma rotina mais “pé no chão”. Gente que não sonha mais em ir para o Tahiti. A praia perto de casa também tem seu valor, principalmente se der pra ver o por-do-sol sentado na areia ainda quente.

Feliz com pouco

É isso. É como se essa geração, depois de ter filhos, tivesse dado dois passos pra trás. Como se a gente preferisse o essencial ao sonho. O real ao inalcansável. Ou alcançável, mas só depois de anos enfrentando duras batalhas. Abrindo mão de ver apresentações na escola, de ajudar a guardar o dente que caiu, de perder as competições na natação.

O que a gente ganha quando consegue ver o real valor de cada coisa não tem preço. É o  tempo com os filhos que aumenta. A liberdade de trabalhar num horário mais decente. A sensação única de ser dono do próprio nariz.

Claro que entre se desapegar do modelo antigo e realmente viver o novo existe todo um processo. Claro que   se redescobrir, se reinventar sem rotina, chefe ou meta é complicado. Claro que no começo a gente se enche de dúvida, incertezas, medos. Mas um dia a gente se dá conta de que a vida passa e que a gente simplesmente não pode perder horas preciosas vivendo uma vida que não gosta, morando numa cidade violenta, se estressando no trânsito, brigando no trabalho. A gente precisa mesmo é ser feliz. Estar mais com quem a gente ama. Mesmo que isso signifique trabalhar menos, ganhar menos. Com certeza vai significar sorrir mais.

2 Discussions on
“Feliz com menos: tendência do momento”
  • Oi, Regina! Que mensagem gostosa de receber! Adorei! Obrigada pelas palavras e por compartilhar comigo da opinião de que a vida voa e que temos que aproveitar muito nossos pequenos e a família em geral! Um super beijo!!

  • Nossa Patricia! Me identifiquei demais com este seu post. Parece que a crise nos trouxe novos valores e do alto dessa vida mais simples, assistimos de camarote pessoas que ainda mantém o pensamento no modelo antigo de vida, buscando conquistar tudo e mais um pouco, enquanto a vida passa e os filhos crescem, muitas vezes ao lado das babás (profissional por quem tenho o maior respeito), e que passam a suprir a ausência dos “pais”, se dedicando como verdadeiras mães àquelas coisinhas fofas.
    Sou casada, mãe de 3 meninos, jornalista e filha de uma mulher INCRÍVEL (que infelizmente se foi) e que via nas coisas mais simples, o MELHOR DA VIDA. Parabéns pela família linda, incluindo os seus cães (que são os seres mais especiais que completam uma família). Bjs Regina

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