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Família perfeita só existe no comercial de margarina

“Meu Deus, eles formavam o casal perfeito”, dizem uns. “É como se alguém da minha família tivesse se separado”, piram outros. “Pensava que eles viviam um casamento ideal”, enlouquecem os demais. Pois é, Fatima e Bonner se separaram, anunciaram a novidade e viraram assunto. Por que? Sinceramente não sei. Ou, melhor…sei sim! Porque as pessoas não se ligam que família perfeita só existe no comercial de margarina!!!

Na verdade acho que elas até sabem disso, mas preferem acreditar que a grama do vizinho é mais verde. Preferem esquecer que as demais famílias tem problemas como a sua, a minha, a da vizinha da sua mãe. Umas mais, outras menos. Umas tem problemas mais sérios (e na minha opinião saúde é o maior deles) e outras problemas mais leves (como mal entendidos, por exemplo). O fato é que não existe nenhuma família que não se desentenda de vez em quando, que não brigue, que não se estresse. Não tem casal que viva mar de rosas sempre, que nunca tenha dormido brigado, que nunca tenha se desentendido, que nunca tenha pensado que o amor um dia pode acabar.

Porque, minha gente, é duro. Mas é melhor aceitar: o amor pode acabar. Por vários motivos. Não importa se você é apresentador de tv ou lixeiro. Se é vendedora de shopping ou presidente de multinacional. Todo mundo um dia pode partir. E é melhor a gente se conscientizar disso. Não que não cause surpresa, longe disso. Não que não cause tristeza (principalmente quando somos as protagonistas da história). Mas é a vida. E pode acontecer comigo, com você, com seu chefe, com a Fátima e o Bonner.

Fiquei triste também quando soube da notícia porque admiro os dois profissionalmente (e porque cobri duas Copas ao lado da Fátima e ela é ainda mais legal pessoalmente), porque eles tem três filhos (grandes, que devem ter entendido perfeitamente o que está acontecendo) e porque formavam uma família bem bonita. De qualquer maneira, achei que se respeitaram até o fim e, por isso mesmo, continuam merecendo minha admiração. Mesmo não sendo a família do comercial de margarina. Que, aliás, não existe!

 

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