Sempre estranhei a maneira como as famílias dos jogadores da seleção brasileira eram tratadas pelas comissões técnica. Era como se a família atrapalhasse a concentração. Trouxesse problema. Desse dor de cabeça aos atletas. E, por isso mesmo, tivesse que ficar afastada durante a competição para não incomodar. Oi?
Família na Copa é bom demais!
Não sei o referencial de quem criou essa regra mas, na minha cabeça, o que acontece é exatamente o contrário. Família dá colo. Dá apoio. Dá carinho. E o que mais – além de preparo físico e técnico, claro – um jogador precisa durante um mundial? Nada!!
Finalmente essa história está mudando. Pela primeira vez as famílias puderam se hospedar no mesmo hotel dos jogadores, como acontece com vários times europeus. Finalmente a comissão técnica percebeu que essa proximidade gera conforto, sensação de bem-estar, motivação. Que ajuda a relaxar, afasta o stress, desperta sentimentos bons. É um auxílio e não um empecilho.
Claro que os jogadores precisam se concentrar nos treinos e jogos. Claro que precisam ser poupados de Drs com as esposas, da febre que o filho está, da discussão que a mulher teve com a sogra. Mas, gente, é todo mundo adulto! Se não confiarmos no bom senso dos familiares confiemos então no preparo dos jogadores! Todos eles são profissionais da bola. Todos ganham a vida com isso. E sabem que tem que jogar mesmo quando tem problemas e preocupações. Por que seria diferente na Copa?
Vou além. Nada como receber o abraço do filho antes e depois do jogo. Nada como receber uma palavra de incentivo da mulher. Nada como se sentir amado para encher um ser humano de energia!
Ter a família por perto é o máximo. É um luxo. Um trunfo. E tomara que os jogadores da nossa seleção provem nessa copa que dá sorte também!