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Empatia: minha palavra de 2017

Empatia: capacidade psicológica de sentir o que sente uma outra pessoa. Em outras palavras: se colocar no lugar do outro. Esse é meu lema em 2017. Principalmente depois de um episódio que aconteceu comigo dia desses.

Viajei. No dia de voltar, morta de saudade de casa e super cansada, o percurso até o aeroporto, que costuma demorar 30 minutos, levou 1h30. Cheguei no check-in (o serviço on line da companhia aérea não estava no ar) em cima do laço. Entrei na fila da segurança faltando minutos para o embarque. Coração na mão. Nervosa. Chorei. Devo ter feito algum barulho com meu choro, sei lá, mas o fato é que uma mulher que estava na minha frente se virou pra mim e disse, reclamando, “credo, você está tendo um ataque cardíaco, é?”.

Oi? Ela sequer perguntou se tinha acontecido alguma coisa. Se eu precisava de algo. Se ela podia ajudar de algum jeito. Se preocupou apenas com o barulho que ouviu. Fiquei tão indignada que preferi não responder.

Eu podia ter acabado de receber uma má notícia. Eu podia estar indo viajar para bem longe, deixando a família. Eu podia ter acabado de me separar. Alguém da minha família podia ter morrido. Sei lá! Não que eu quisesse desabafar com ela, mas sou da opinião de que se a pessoa não quer ajudar também não precisa ser grosseira!

Passei no raio-x indignada com tamanha falta de humanidade. Pensando em como as pessoas perderam os sentimentos, como estão todas preocupadas com o próprio umbigo e como ver uma pessoa chorando não comove mais, apenas irrita.

Empatia ainda existe!

Mas eu estava errada. Corri para o portão de embarque e, por sorte, daria tempo de embarcar. Entrei na fila, exausta. E foi aí que senti alguém com a mão no meu ombro. Era um menino que não devia ter mais do que 17 anos. No que eu virei ele disse: “você precisa de algo? Posso ajudar? Te vi chorando!”.

Respondi que já tinha passado, estava nervosa e cansada apenas. E ele emendou: “que bom saber que você está melhor! Tudo passa, né? Bom vôo”. Sorri, ele sorriu de volta e foi pro portão dele. Eu entrei no avião suspirando.

Aprendi tanto com esse menino que ele nem imagina. Sim, é bom ouvir uma palavra, mesmo que de um desconhecido, quando estamos chorando. E, acima de tudo, aprendi que sim, existe empatia no mundo ainda. Que bom!

P.S.: quando me preparava para postar essa história me contaram do caso de uma mãe que me emocionou e tem tudo a ver! Ela foi numa padaria de SP e o filho foi mordido por uma outra criança. Naquela confusão de criança chorando ela não teria dado atenção para a mãe da criança que mordeu, mas percebeu que a coitada foi embora arrasada porque o filho fez coisa errada. No outro dia ela fez esse post no facebook:

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No post não havia julgamento. Pelo contrário. Ela pedia pra que essa mãe se apresentasse para que ela pudesse dizer que estava tudo bem com o filho dela, que essas coisas acontecem e que estamos todas no mesmo barco. É isso. Empatia. Foi o filho da outra que errou. Mas poderia ter sido o dela!

 

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