Nunca vi um livro que falasse dos “direitos de mãe”. Assegurados pela Constituição de um país sabe? Tipo: “toda mãe tem direito a cansar de vez em quando”. “Toda mãe tem o direito de assumir isso e a fazer algo que a ajude a relaxar”. Pois estou bem a fim de escrever algo nessa linha. Mandar colocar em pauta no Senado, mandar para sanção do Presidente, sabe? Pra que não reste dúvida nenhuma de que sim, nós também temos nossos direitos!
Direitos constitucionais
Temos direitos a ficar cansadas e a falar sobre isso se quisermos. Chega daquela mãe que fazia de tudo, terminava o dia morta e ninguém se compadecia. Podemos sim reclamar, pedir ajuda pro marido, pra comadre, pra avós. Podemos pedir que hoje alguém nos substitua no banho, no jantar ou na hora da lição, porque nós precisamos descansar.
Temos o direito de nos sentir bonitas. Mesmo sendo mães continuamos sendo mulheres, o que significa que queremos sim fazer as unhas, depilação, botox, massagem. Queremos usar batom, sombra, blush. Queremos e precisamos disso para sermos mais felizes, mais completas, para termos mais satisfação ao nos olhar no espelho. Para nos sentirmos lindas para o marido, o namorado, o noivo. Ou o moço da academia, no caso das solteiras, viuvas, separadas.
Temos o direito a sair sem os filhos. E a nos divertir sem eles. Temos direito a tomar um chopp no bar depois do trabalho, a marcar um vinho num restaurante da moda com as amigas, a viajar só com mulheres num fim de semana. Por que não?
Temos o direito a ir sozinhas no cinema (e ver um filme que não seja da Disney), a colocar nossa música preferida no som do carro (e não é “Let it go”), a falar de outra coisa que não sejam os pequenos de vez em quando.
Antes de sermos mães nós somos pessoas com necessidades e vontades. E elas tem sim que ser respeitadas. Ser mãe é maravilhoso. Mas ser uma mãe que também tem seus direitos é melhor ainda.