Toda vez que meu marido viaja é a mesma coisa. Temos cama compartilhada na minha casa! As crianças já sabem e, no primeiro dia da viagem dele, já aparecem no meu quarto com os pijamas e os ursinhos de pelúcia que dormem com elas. Nem precisam mais de convite. Já é automático. Papai viajou? Dormimos na cama da mamãe!!
Cama compartilhada!
Eu amo. Sei que muita gente acha errado. Sei que especialistas pregam que o melhor é cada um dormir no seu quarto, por vários motivos. Mas, quer saber? Não estou nem aí e sou a principal incentivadora da cama compartilhada em casa.
Amo sentir as duas do meu lado. Amo dormir “enroscada”. Amo o cheirinho delas no meu lençol. Amo as conversas antes de pegar no sono. O sorriso das duas na hora que acordam. A sensação de que o “meu mundo” está ali naquela cama é a melhor do mundo!!!
Quando eu era pequena era igual. Meu pai viajava duas vezes por ano. E, nessas duas oportunidades, a cama da minha mãe era um pouco minha. E, principalmente, ela, minha mãe, era toda minha!! Era uma delícia, mesmo ela sempre dizendo que eu chutava muito a noite toda, que falava dormindo, que adormecia conversando.
Lembro como se fosse hoje dos lençóis que a minha mãe usava, que pareciam os melhores do mundo. Dos travesseiros então nem se fala. E o edredon (que ela tem até hoje, inclusive)? Só de pensar nele eu sinto o cheiro!!! É como se me tele-transportasse!
Quando meu pai chegava era uma alegria, claro, mas admito que sentia um pouquinho de tristeza de deixar aquela cama. Voltar pro meu quarto e pra minha rotina sozinha não tinha a menor graça.
Espero criar nas minhas filhas memórias tão especiais quanto essas. Espero que elas se lembrem da nossa cama compartilhada com amor. Assim como eu lembro!