Amizades nascem junto com a gente. Não sei se me fiz compreender, mas o que quero dizer é que é muito engraçado como o ser humano faz amigo…desde bebê!! Lembro das minhas filhas pequenininhas voltando da escola e dizendo que tinham “melhores amigos”. Sempre achei fofo. Sempre valorizei essas amizades. Incentivei. Mas, de vez em quando, esse assunto magoa minhas filhas. E me magoa por tabela.
Dessa vez quem ficou chateada foi a Maitê. Há um ano e meio ela tem um “melhor amigo”na classe. Fala dele o tempo todo, leva coisas pra dar de presente, conta histórias que sempre envolvem seu nome. Amizade mesmo, como a de gente grande. Pois bem, exatamente por isso, por ser como a de gente grande, um dia ela voltou pra casa triste. “Mãe, ele não é mais meu amigo”. A frase, que eu sei que vou ouvir muitas vezes ao longo da minha vida de mãe, foi dita com lágrimas nos olhos.
“O que houve, filha?”, perguntei pensando que se tratava de alguma discussão por um brinquedo ou um donut na hora do almoço. “Entrou uma menina nova na classe e ele agora é só amigo dela, disse que não brinca mais comigo”. Humpf! Quatro anos de idade e ela já tem que lidar com esses dilemas com os quais vai ter que conviver pra sempre?
Amizades, amizades
Conversei com minha filha. Expliquei que ela tinha que convidá-los para ficarem os três juntos, inventar brincadeiras, tentar ficar amiga da menina também. Disse que isso ía mudar com o tempo, que era só a novidade que tinha feito ele mudar de ideia momentaneamente, que em questão de dias tudo estaria de volta no seu devido lugar.
A questão é que eu mesma não acredito nisso. As pessoas, mesmo as pequenas, são assim. Mudam de ideia. Um dia gostam de você e no outro não, mesmo que você não tenha feito nada. Arrumam amigos novos, tem outros interesses. A gente vê isso acontecer muito isso ao longo da vida. E a gente sofre, se descabela. E daí? Não adianta nada. Isso continua acontecendo. Não importa o que a gente faça.
O problema é quando quem está passando por isso é um serzinho sem maldade nenhuma, que simplesmente não entende a mudança de atitude do (ex) amigo. Pois é, filha, sinto muito. Mesmo. Mas isso vai acontecer outras vezes. E sabe o que você faz? Não desanima não. Nem evita novas amizades com medo de se machucar. Parte pra outra. Tem muita gente legal no mundo pra ser seu melhor amigo!
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