Quem me enviou o material foi Rita de Cassia Paz, nutricionista de Crianças com Alergia Alimentar, Coordenadora do Programa Municipal de Assistência Nutricional à Criança Alérgica a Alimentos de Feira de Santana – Ba e Proprietária e Administradora do Blog www.felizcomfa.com. Segundo ela, dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia mostram que cerca de 30% da população brasileira sofre de algum tipo de alergia, sendo que as crianças representam cerca de 20% desse número!
“A ciência tenta explicar por várias teorias: a teoria da higiene, a herança genética, o padrão alimentar da atualidade, o desmame precoce e as próprias condições ambientais. Mas o fato é que não se trata de algo novo! Apenas não se procurava saber se isso seria possível. Há um tempo ninguém ouvia falar de alergia a alimentos, pelo contrário, o alimento tinha que ser ingerido, mesmo que a criança apresentasse alguma reação sob o pretexto de nutrir! Muitas crianças reagiam com diarréia, distensão e isso não era levado em consideração. Na verdade, ninguém imaginava que alergia alimentar pudesse ser verdade”, explica Rita.
De acordo com a profissional, as pessoas podem sim, reagir aos alimentos. “Todo alimento que tenha na sua composição proteínas, é passível de estimular reação do corpo à sua presença. Hoje as crianças são o principal foco de investigação já que é na época da introdução alimentar que os principais problemas aparecem. E é na infância também que os tratamentos costumam dar os melhores resultados. É possível reabilitar um bebê a consumir um alimento que inicialmente ele reagiu. O diagnóstico precoce e o tratamento correto, evita que esse bebê fique mais sensibilizado e reaja a mais proteínas alimentares”, completa.
Outra informação essencial que a nutricionista compartilhou diz respeito ao Leite Materno que, segundo ela, é sim fator importante para que o sistema imunológico do bebê possa se desenvolver da forma correta e garanta maior tolerabilidade à introdução de alimentos novos. “O Leite Materno não constitui apenas um alimento, pois na sua composição apresenta anticorpos maternos que ajudam na tolerância aos alimentos que serão apresentados, IgA secretora materna para estimular a produção das suas próprias IgAs e amadurecer a Placa de Payer intestinal melhorando as respostas imunológicas do bebê, TFG beta que irá estimular a reprodução da sua microbiota intestinal e dessa forma reduzir a permeabilidade intestinal a essas proteínas, além de ser o alimento ideal até pelo menos os 6 meses de idade”, conclui.
A Semana Mundial da Alergia vai até 14 de maio e busca conscientizar o maior n;úmero possível de pessoas sobre o tema, já que um diagnóstico precoce e tratamento correto podem evitar que mais crianças sofram e isso passa necessariamente pela conscientização e aceitação por parte dos pais. Portanto, Não perca tempo. Procure um médico se seu filho apresentar qualquer um dos sintomas abaixo:
- urticária e vermelhidão, principalmente em torno da boca, dos olhos e do nariz (e que pode se espalhar pelo corpo)
- lábios, olhos e rosto inchados
- nariz escorrendo ou entupido, espirros, olhos lacrimejando
- coceira na boca e irritação na garganta
- náusea, vômito e diarreia
- refluxo gastroesofágico
- cólica
- diarréia
- prisão de ventre
- presença de sangue ou muco no cocô
- dermatite atópica, principalmente nos bebês alérgicos à proteína do leite de vaca. Quanto mais cedo a dermatite aparece, maior a probabilidade de haver alergia alimentar.