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Bons exemplos nas Olimpíadas

As imagens que marcam nos Jogos Olímpicos são sempre de vitórias suadas ou zebras inimagináveis. De tombos, pontos, gol. Repete-se a exaustão o momento do pódio, da batida na borda da piscina, da cortada no adversário, da linha de chegada, da comemoração, das lágrimas dos derrotados. Mas pouco se fala dos bons exemplos nas Olimpíadas.

Não que exemplos de batalha e luta não sejam bons, pelo contrário. Mas nesses momentos surgem outros ainda mais importantes e que passam despercebidos do grande público. Os que me marcaram nos últimos dias tem a ver com o tênis, esporte que eu amo e parei de praticar por pura falta de tempo (mas fica aqui minha promessa de voltar às quadras em breve).

Primeiro os tenistas Andy Murray e Juan Martin Del Potro se enfrentaram num duelo histórico. Foram horas de uma batalha memorável, de um show de técnica e força. De um espetáculo nunca antes visto. Murray venceu. Ficou com o ouro. Del Potro com a prata. Como sempre acontece no tênis, os dois foram para a rede se cumprimentar ao final da partida. Bastava um aperto de mão. Mas eles foram além. Se abraçaram. E choraram. No maior exemplo de amor ao esporte, de respeito ao adversário.

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Na primeira entrevista depois da vitória o primeiro homem a conquistar duas medalhas de ouro olímpicas nas partidas individuais, fez questão de lembrar a um repórter despreparado – e que o exaltava como a primeira PESSOA a conquistar duas medalhas de ouro olímpicas na modalidade, quando na verdade ele é o primeiro HOMEM – que mulheres também são pessoas e que Venus e Serena, mulheres incríveis, ganharam quatro medalhas de ouro cada uma. No maior exemplo de respeito a luta das mulheres por direitos iguais, sem um pingo de machismo.

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A mesma Serena Williams, que além se ser uma das melhores tenistas do mundo está deslumbrante aos 34 anos, também deixou seu legado. Em entrevista falou sobre sobre a desigualdade salarial entre esportes femininos e masculinos (vale lembrar que a luta que a seleção feminina de futebol norte-americano vem travando nos últimos tempos para receber o mesmo salário que a seleção masculina) e  sobre os padrões de envelhecimento da nossa sociedade, principalmente dentro do esporte: “Quem disse que quando você chega aos trinta anos você tem que estar acabado? Quem fez esta regra? Estava conversando com a minha mãe sobre isso e ela disse ‘Nos seus trinta anos você é ainda mais forte que nos 20.'” No maior exemplo de luta contra o preconceito com relação as mulheres mais velhas.

Medalhas, pódios e recordes são importantes, claro, e as imagens desses momentos sempre vão ficar registradas na memória dos espectadores e amantes do esporte, óbvio. Mas tem coisas que são tão importantes quanto e que também precisam receber a devida atenção.

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